
Por João Batista Custódio Duarte / CEO da Fortus Group
O orçamento é uma importante ferramenta de planejamento para a empresa, pois é onde são refletidos os planos e estimativas de faturamento, bem como às expectativas da economia de nosso País. Na elaboração do planejamento estratégico, o orçamento é a última etapa. Isso, pelo fato de ser o resumo da programação feita. Logo, é essencial que este planejamento não seja estanque e sim que possa ser ajustado sempre que necessário.
Algumas empresas utilizam-se deste instrumento para simular cenários, antecipando-se a potenciais problemas que podem vir a ocorrer. Portanto, o orçamento também tem de conversar com a estratégia da empresa e com o momento econômico no qual a empresa está inserida.
É importante destacar que quando alguns pontos do orçamento não são previstos, como a parte de investimentos, a empresa pode estar fazendo um voo às cegas, comprometendo, inclusive, o crescimento e o futuro da organização.
Em fases de recessão, por exemplo, o orçamento geralmente necessita ser mais comedido, porém, sem esquecer-se da estratégia a qual a empresa firmou. Dado que, em alguns casos, o excesso de zelo pode comprometer o crescimento da organização e seu consequente andamento, fazendo com que essa paralisia possa até impactar no fechamento do negócio.
É importante destacar que quando alguns pontos do orçamento não são previstos, como a parte de investimentos, a empresa pode estar fazendo um voo às cegas, comprometendo, inclusive, o crescimento e o futuro da organização. Assim, dois tipos de orçamentos podem ser usados no planejamento da empresa: o base histórico e o base zero.
O primeiro, leva em consideração os valores que foram aplicados nos anos anteriores. Ou seja, esse modelo de orçamento é muito bom para a análise da sazonalidade e do comportamento da variação desses valores durante o ano que se segue.
Já o orçamento base zero, é feito em cima do que realmente é necessário em termos financeiros para a empresa. Desta forma, tudo o que já foi utilizado no que se refere a valores e planejamento em anos anteriores, é desconsiderado. Logo, é feita uma reanálise de todas as despesas para a definição do que realmente é fundamental, eliminando, assim, vícios e reflexos de outros momentos da empresa e da economia.
Despesas de capital ou investimentos de bens de capital, também denominado pela expressão em inglês CAPEX (CapitalExpenditure), são essenciais para uma previsão orçamentária mais completa.
Tanto um quanto outro são válidos, dependendo da estratégia e do direcionamento do empreendimento. Resumindo, o base zero provoca uma reflexão mais aprofundada das reais necessidades e realidades da empresa, e o base histórico observa mais o comportamento da sazonalidade. Ainda é importante destacar que algumas organizações quando elaboram seu orçamento contemplam apenas os ingressos e saídas de recursos. Desta forma, não levam em conta despesas de capital ou investimentos de bens de capital, também denominado pela expressão em inglês CAPEX (CapitalExpenditure), que são essenciais para uma previsão orçamentária mais completa.
Entretanto, mais do que nunca, neste momento de nossa economia, o orçamento base zero é o recomendado. Isso, pelo fato de que a crise nos força a refletir todo o planejamento e o processo da empresa.